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Esparta ou Lacedemônia uma das mais notórias cidades estado da Grécia Antiga

As ruínas de Esparta
Esparta (em grego Σπάρτη, transl. em grego moderno Spárti, em grego antigo, Spártē) ou Lacedemônia (em grego Λακεδαιμονία) Localidade da Grécia Antiga, situada às margens do rio Eurotas, no sudeste da região do Peloponeso. Foi uma das mais notórias cidades-estado da Grécia Antiga; conquistou a vizinha Messénia cerca do ano 700 a.C. e, duzentos anos mais tarde, coligou-se a seus outros vizinhos, formando a Liga do Peloponeso. Na Guerra do Peloponeso, no século V a.C., Esparta derrotou Atenas e passou virtualmente a governar toda a Grécia, mas em 371 a.C. os outros estados revoltaram-se e Esparta foi derrubada, apesar de manter-se poderosa ainda durante mais duzentos anos, Esparta encontra-se numa região de terras apropriadas para o cultivo da vinha e da oliveira. Na Antiguidade era uma cidade de caráter militarista e oligárquico, nunca tendo desenvolvido uma área urbana importante. O governo de Esparta tinha como um de seus principais objetivos fazer de seus cidadãos modelos de soldados, bem treinados fisicamente, corajosos e obedientes às leis e às autoridades, Em Esparta, os homens eram na sua maioria soldados e foram responsáveis pelo avanço das técnicas militares, melhorando e desenvolvendo um treino, organização e disciplina nunca vistos até então, Relativamente ao poder, Atenas era a principal rival de Esparta e foi ela que liderou as cidades-estado gregas na luta contra os invasores persas, em 480 a.C, A Constituição de Esparta, segundo a tradição, foi escrita por um legislador chamado Licurgo, que teria vivido no século IX a.C.


Território de Esparta
História, Esparta surgiu em meados do século IX a.C.. Durante a época micénica existiram a sul do local onde nasceria Esparta dois centros urbanos, Amiclas e Terapne. Nesta última cidade, encontraram-se santuários dedicados ao rei Menelau e à sua esposa Helena, personagens da Ilíada de Homero.

À semelhança de outras partes da Grécia, a Lacónia conheceu um decréscimo populacional com o fim da era micénica. No século X a.C., os Dórios penetraram na região. No século seguinte, quatro aldeias da Lacónia uniram-se para fundar Esparta; no século seguinte a cidade de Amiclas foi incluída em Esparta.

Perante o problema gerado pelo aumento populacional e pela escassez de terra, Esparta optou pela via militar para solucionar a questão, ao contrário de outras pólis gregas que recorreram à fundação de colónias (Esparta fundou apenas uma colónia, Tarento, actual Taranto, no sul da Itália). Assim, Esparta decidiu conquistar os territórios vizinhos, tendo conquistado toda planície da Lacónia no final do século VIII a.C. Na luta pelo domínio no Peloponeso, Esparta teve como rival Argos, cidade do nordeste do Peloponeso, Em 570 a.C., uma tentativa de conquista da Arcádia revelou-se um fracasso, tendo Esparta optado por alterar a sua política no sentido da diplomacia. Assim, Esparta ofereceu a outras localidades do Peloponeso a possibilidade de integrar uma liga por si liderada, a chamada Liga do Peloponeso. A maioria dos estados do Peloponeso integraria esta liga, com excepção de Argos.

Durante as Guerras Persas, Esparta liderou as forças que defenderam a Grécia em terra, enquanto que Atenas defendia pelo mar. Com o final da guerra, as relações com Atenas deterioraram-se, culminando na Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.), que os Espartanos venceram, Em 1834, o governo do então reino da Grécia fundou a moderna cidade de Esparta, que ocupa parte da antiga Esparta e que é capital do departamento da Lacónia.

A Estatua de Leônidas l em Esparta"Filho de Leão" Termópilas, 480 a.C.), Oriundo da dinastia
 ágida foi rei e general de Esparta de 491 até a data de sua morte em 480 a.c., durante a
batalha de Termópilas, foi antecedido por seu pai o rei
Anaxândrides II, e sucedido por seu filho Plistarco.
A Estatua de Leônidas l em Esparta"Filho de Leão" Termópilas, 480 a.C.), Oriundo da dinastia ágida foi rei e general de Esparta de 491 até a data de sua morte em 480 a.c., durante a batalha de Termópilas, foi antecedido por seu pai o rei Anaxândrides II, e sucedido por seu filho Plistarco.
A educação espartana, que recebia o nome técnico de agogê, apresentava as particularidades de estar concentrada nas mãos do Estado e de ser uma responsabilidade obrigatória do governo. Estava orientada para a intervenção na guerra e a manutenção da segurança da cidade, sendo particularmente valorizada a preparação física que visava fazer dos jovens bons soldados e incutir um sentimento patriótico. Nesse treinamento educacional eram muito importantes os treinamentos físicos, como salto, corrida, natação, lançamento de disco e dardo. Nos treinamentos de batalha, as meninas se dedicavam ao arco e flecha. Já os meninos eram especialistas em combate corporal,assim como em táticas defensivas e ofensivas, Desde o nascimento até a morte, De acordo com Plutarco (50-120 d.C.), quando nascia uma criança espartana, pendurava-se na porta da casa um ramo de oliveira (se fosse um menino) ou uma fita de lã (se nascesse uma menina). Havia rituais privados de purificação e reconhecimento da criança pelo pai, além de uma festa de nascimento conhecida como genetlia, na qual o recém-nascido recebia um nome e presentes de parentes e amigos. (Cf. Maria Beatriz B. Florenzano. Nascer, viver e morrer na Grécia antiga) Desde o nascimento até a morte, o espartano pertencia ao Estado. Os recém-nascidos eram examinados por um conselho de anciãos que ordenava eliminar os que fossem portadores de deficiência física ou mental ou não fossem suficientemente robustos (uma forma de eugenia). As crianças Espartanas eram espancadas pelos pais para se tornarem mais fortes, e, se não fossem, morreriam.

A partir dos sete anos de idade, os pais (cidadãos) não mais comandavam a educação dos filhos. As crianças eram entregues à orientação do Estado, que tinha professores especializados para esse fim. Os jovens viviam em pequenos grupos, levando vidas muito austeras, realizavam exercícios de treino com armas e aprendiam a táctica de formação, A educação espartana, supervisionada por um magistrado especial, o paidónomo, compreendia três ciclos, distribuídos por três anos:
Dos sete aos dez anos;
Dos doze aos quinze anos;
Dos dezesseis aos vinte anos (a efebia).
Vejamos alguns dos métodos da educação espartana, tendo como base o relato dos historiadores gregos Xenofonte (A constituição dos lacedemônios) e Plutarco (A vida de Licurgo).
Em lugar de proteger os pés com calçados, as crianças eram obrigadas a andar descalças, a fim de aumentar a resistência dos pés. Usavam um só tipo de roupa o ano inteiro, para que aprendessem a suportar as oscilações do frio e do calor.


A alimentação era bem controlada. Se algum jovem sentisse fome em demasia, era permitido e até estimulado que furtasse para conseguir alimentos5 . Castigavam-se com chibatadas, entretanto, aqueles que fossem apanhados roubando - não por terem roubado, mas por terem sido apanhados - pois acreditava-se que era bom para a formação aprender a lutar contra a fome, e ser ousado e esperto, No Limnaeum havia um altar a Ártemis Orthia, com uma estátua de madeira que, supostamente, fora trazida por Orestes e Ifigênia da Táurida, Um oráculo havia sido dado aos espartanos, que eles deviam cobrir esta estátua com sangue.8 No início, eles sorteavam quem seria sacrificado, mas Licurgo mudou o costume, e fez com que os meninos fossem chicoteados no altar, Na adolescência, os jovens eram encarregados dos serviços de segurança na cidade. Qualquer cidadão adulto podia vigiá-los e puni-los. O respeito aos mais velhos era regra básica. Às refeições, por exemplo, os jovens deviam ficar calados, só respondendo de forma breve às perguntas que lhes fossem feitas pelos adultos.

Com sete anos, o jovem espartano entrava no exército. Mas só aos trinta anos de idade adquiria plenos direitos políticos, podendo, então, participar da Assembleia do Povo ou dos Cidadãos (Apela).
Depois de concluído o período de formação educativa, os cidadãos de Esparta, entre os vinte e os sessenta anos, estavam obrigados a participar na guerra. Continuavam a viver em grupos e deviam tomar uma refeição diária nos chamados syssitia.

Para o historiador italiano Franco Cambi, a educação desenvolvida em Esparta e Atenas constitui dois modelos educativos diferentes. Em Esparta, a perspectiva militar orientava a formação de cidadãos-guerreiros, defensores do Estado, Já em Atenas, predominava um tipo de formação mais livre e aberta, que, de modo mais amplo, valorizava o indivíduo e suas capacidades. (Cf. Franco Cambi. )



             EXTRAIDO DE "Grecia  Maravilhosa"  (Facebook)