Nova Era Mario Sassi Trino Tumuchy


Origem atual
     O movimento doutrinário e religioso, conhecido como “Vale do Amanhecer”, tem dois aspectos distintos, duas maneiras de ser visto: a primeira, é em sua origem remota, o caminho percorrido pelos espíritos que o compõem; a das circunstâncias que presidiram sua formação atual.
     Em primeira instância, trata-se de um grupo de espíritos veteranos deste planeta, todos com 19 ou mais encarnações, juramentados ao Cristo e que se especializaram no trabalho de socorro, em períodos de confusão e insegurança. Tais situações surgem, sempre, no fim dos ciclos civilizatórios, quando a Humanidade passa de uma fase planetária para a seguinte. Esses ciclos, embora variáveis em termos de contagem do tempo, se apresentam à visão intelectual da História como tendo mais ou menos 2.000 anos.
 Portal do Sol (Tiwanaku, Bolívia)
A cada dois milênios termina uma etapa e começa outra. Porém, por alguns séculos, as duas fases coexistem. Podemos tomar, como exemplo, o período que antecedeu o nascimento de Jesus e os três ou quatro séculos que se seguiram. Um exame acurado dos acontecimentos históricos registrados explica essa mistura de duas etapas.
   O mesmo está acontecendo em nossa época, desde o Século XVIII, em que o mundo como que explodiu em fantásticas conquistas sócio-econômicas, ao mesmo tempo em que começou a declinar no que poderia se chamar de “humanismo”. Esse fenômeno é particularmente verificável nesta segunda metade do Século XX, no qual as conquistas científicas, por exemplo, coexistem com a desvalorização progressiva do ser humano. A característica de nossa civilização atual é de descrença e desesperança nas instituições, nos marcos civilizatórios que regem nossas atitudes.
     Num paradoxo aparente, essa “morte civilizatória” produz na mente do Homem a ansiedade por bases mentais mais firmes, mais calcadas na imortalidade da civilização. A descrença nas instituições regentes leva à busca de instituições mais biológicas, seguras, mais transcendentais. Isso pode ser facilmente percebido pela procura atual de soluções religiosas e de novas formas do encontro com o espírito.
     Atender a essa necessidade é exatamente a finalidade e a missão desse grupo de espíritos que aparecem sob a égide do “Vale do Amanhecer”.
     Sua missão é oferecer ao Homem angustiado e inseguro uma explicação de si mesmo e um roteiro para sua vida imediata.
     Para que isso fosse possível, e a missão cumprida com autenticidade, o trabalho não poderia ser feito seguindo-se as velhas fórmulas de religiosidade, considerando-se “velhas fórmulas” os documentos escritos, as revelações de iluminados, de profetas, das tradições, das doutrinas secretas e da dogmática de modo geral, empregada na base da fé e do medo.
     O Homem só adquire segurança quando o equacionamento de sua vida se apresenta verificável, para ele individualmente, qualquer que seja sua posição sócio-econômica. Se num primeiro momento as instituições lhe oferecem proteção e segurança, isso logo se desfaz na vivência dentro das mesmas, quando seu próprio juízo entra em contradição com elas. Nesse ponto, ele poderá não se afastar, por medo ou por falta de algo melhor, mas sempre, inevitavelmente, ele viverá em angústia.
     Por esse motivo fundamental, o movimento “Vale do Amanhecer” foi calcado na existência de um espírito clarividente, cujas afirmações e ensinamentos pudessem ser testados e verificados, individualmente, pela experiência de cada participante, sem jamais dar margens a dúvidas ou incertezas.
     Essa é a origem atual do Vale do Amanhecer, ou seja, a existência da Clarividência de Tia Neiva.
     Em 1959, ela era uma cidadã comum, embora com traços de personalidade incomum. Viúva, com quatro filhos, dedicou-se à estranha profissão, para uma mulher, de motorista, dirigindo seu próprio caminhão e competindo com outros profissionais. Sem nenhuma tendência religiosa, nunca, até 1959, quando completou 33 anos de idade, revelou propósitos de liderança  de espécie alguma.
     A partir dessa data, começaram a suceder, com ela, estranhos fenômenos na área do paranormal, da percepção extrasensorial, para os quais nem a ciência nem a religião locais forneceram explicação. O único amparo razoável foi encontrado na área do espiritismo, uma vez que as manifestações se pareciam com a fenomenologia habitual dessa doutrina.
     Os problemas foram se acentuando contra a sua vontade, e o acanhamento das concepções doutrinárias que a cercavam a levaram a uma inevitável solidão. Não havia realmente quem a entendesse, e isso a obrigou à aceitação das manifestações de sua clarividência. Incompreendida pelos Homens, ela teve que se voltar para o que lhe diziam os espíritos. Só neles ela começou a encontrar a coerência necessária para não perder o juízo e ter se tornado apenas mais uma doida a ser internada. A partir daí ela deixou de obedecer aos “entendidos” e se tornou dócil às instruções dos seres, invisíveis aos olhos comuns, mas para ela não só visíveis como também audíveis.
     Desde então, ela teve que abandonar parcialmente sua vida profissional e se dedicar à implantação do sistema que hoje se chama Vale do Amanhecer. A primeira fase foi de adaptação e aprendizado, embora, desde o começo, seu fenômeno obrigasse a uma atitude prática de prestação de serviços. Isso garantiu, sempre, a autenticidade da Doutrina do Amanhecer, desde seus primórdios. Tudo o que foi e é recebido dos planos espirituais se traduz em aplicações imediatas e é testado na prática.
     Logo que Neiva dominou a técnica do transporte consciente, isto é, a capacidade de sair do corpo conscientemente, deixá-lo em estado de suspensão, semelhante ao sono natural, e se deslocar em outros planos vibratórios, ela começou seu aprendizado iniciático.
     O transporte é um fenômeno natural – todos os seres humanos o fazem quando dormem – mas o que há de diferente na clarividência de Tia Neiva é o registro claro do que acontece, durante o fenômeno, na sua consciência normal. Todos nos transportamos durante o sono, mas as coisas que vemos ou fazemos só irão se traduzir na ação em nossas vidas inconscientemente, ou seja, nós não sabemos que fazemos coisas em nossa vida com base nesse fenômeno.
     Nesse período, que durou de 1959 até 1964, ela se deslocava diariamente até o Tibete e lá recebia as instruções iniciáticas de um mestre tibetano. Esse  mestre, que ainda está vivo, chama-se, traduzido em nossa linguagem, HUMAHÃ. Dadas as condições específicas que isso exigia de seu organismo físico, ela contraiu uma deficiência respiratória que, em 1963, a levou quase em estado de coma para um sanatório de tuberculosos, em Belo Horizonte.
     Três meses depois, ela teve alta e deu prosseguimento à sua missão, embora portadora de menor área respiratória, que limita sua vida física até hoje.
     Esse, entretanto, é apenas um aspecto das manifestações de sua clarividência. Ela se transporta para vários planos, toma conhecimento do passado remoto dela e do grupo espiritual a que pertence, recebe instruções de Seta Branca e de seus Ministros e as transmite praticamente para as ações do grupo. A comunidade da Serra do Ouro chamava-se “União Espiritualista Seta Branca” (UESB).
     Na UESB, no plano físico, o que existia era, apenas, um grupo de médiuns atendendo a pessoas doentes e angustiadas, tendo sempre à frente a figura de Tia Neiva. Havia um templo iniciático e algumas construções rústicas, tudo feito em madeira e palha.
     Existia e existem, pois, dois aspectos distintos, que é preciso compreender para explicar o atual fenômeno “Vale do Amanhecer”: o humano, como grupamento de pessoas dedicadas à assistência espiritual a outras pessoas, mediante as normas trazidas pela Clarividente Neiva do plano espiritual; e essas mesmas normas, que foram constituindo a Doutrina, ou seja, um conjunto doutrinário.
     Na proporção em que o conjunto humano cresce, ele aumenta seu poder de obtenção, controle e manipulação de energias, ou seja, sua força cresce e amplia sua base doutrinária. Por isso a Doutrina do Amanhecer apresenta um aspecto dinâmico, de contínuo fazimento, que se adapta, a cada momento, às necessidades dos seres humanos que são atendidos. Todas as instruções para as atitudes, construções, rituais e planos de trabalho continuam vindo por intermédio de Tia Neiva.
     Com relação ao futuro, quando ela desencarnar, haverá, naturalmente, algum outro processo de instruções. Isso, entretanto, está fora de nossas cogitações, uma vez que não nos compete decidir. O ciclo atual está prestes a terminar, o mundo irá passar por grandes transformações, que já se tornam evidentes ao senso comum e, naturalmente, os responsáveis pelo comando da missão do Vale do Amanhecer – Pai Seta Branca e seus Ministros –, já terão planos prontos para funcionar.

O atual Vale do Amanhecer
     A primeira comunidade funcionou na Serra do Ouro, próximo da cidade de Alexânia, Goiás. De lá mudou-se para Taguatinga, cidade satélite de Brasília, e, em 1969, foi instalada no atual local, que passou a se chamar Vale do Amanhecer, na zona rural da cidade satélite de Planaltina.
     O Vale ocupa uma área pertencente ao Governo do Distrito Federal, nela residindo cerca de 500 pessoas, em sua maioria menores abandonados que foram abrigados por Tia Neiva. Para esse fim, foi criada uma entidade jurídica chamada “Lar das Crianças de Matildes”, que garante a legalidade desse tipo de trabalho.
     Dentre os residentes estão os dirigentes que cercam Tia Neiva, algumas famílias de médiuns, os que participam da manutenção, do atendimento de emergências no Templo e ocasionais abrigados para tratamento de alcoolismo.
     O ponto focal da comunidade é o Templo do Amanhecer, construído em pedra, no formato de uma elipse, com uma área coberta de 2.400 metros quadrados. Distante cerca de 300 metros, existe um conjunto iniciático, construído a céu aberto, chamado Solar dos Médiuns ou Estrela Candente. Nele existem cachoeiras artificiais, um espelho d’água em forma de uma estrela, com raio de 79 metros, lagos, escadarias de pedra e cabanas de palha.
     O Templo do Amanhecer destina-se ao atendimento do público. O trabalho abre, todos os dias, às 10 horas da manhã, e se prolonga até às 10 da noite, com plantões chamados de Retiros. O Solar dos Médiuns também funciona todos os dias, com início às 12 horas e 30 minutos. Nele, porém, os rituais se destinam à manipulação das energias, havendo atendimento de público apenas em alguns casos especiais.
     O Vale dispõe de água encanada, eletricidade e uma linha de ônibus que o liga a Planaltina, distante 6 km. Possui uma escola primária, dirigida pela Secretaria de Educação do GDF, atualmente com 200 alunos, duas lanchonetes, oficina mecânica, salão de costura, pomar, lavoura e uma livraria especializada em obras religiosas e espiritualistas.
     As atividades diárias do Vale são muito intensas, o dia de trabalho se encerrando altas horas da noite. Para o visitante que vem pela primeira vez, o aspecto é de bucolismo e tranqüilidade rural. Essa impressão, entretanto, se desfaz rapidamente, quando se percebe a intensa atividade desenvolvida para amainar o sofrimento dos que, diariamente, procuram o Vale.
     Todos os dias, às 10 horas da manhã, uma sirene toca três vezes, e é aberto o Retiro dos Médiuns, obedecendo uma tradição que é mantida desde 1959. Os médiuns que participam nesse dia permanecem em plantão até às 10 horas da noite. Cada dia, entretanto, é diferente dos outros, sempre havendo uma programação intensa de instrução e desenvolvimento. Certos dias, principalmente nos fins de semana, vários acontecimentos ritualísticos são executados simultaneamente. Tanto pode acontecer um casamento solene, uma cerimônia de Iniciação, uma festa de aniversário como um velório iniciático por algum médium que tenha desencarnado. Isso, entretanto, sucede sem interrupção do atendimento dos clientes, do andamento das construções, do trabalho das oficinas ou do lazer dos abrigados. É comum a gente ver uma cerimônia iniciática, feita com toda a solenidade no Templo, e, ao passar pela Casa Grande, onde funciona o Lar das Crianças de Matildes, deparar com um baile de rapazes e moças animado por um conjunto local de roque...
     No Vale só existem duas classes de pessoas: Médiuns e Clientes, sendo essa a maneira mais simples de conceituar as pessoas sem incorrer no perigo da discriminação.
     Médium é o antigo cliente que, devido a seus compromissos transcendentais, sente necessidade de participar da Corrente, ou seja, trabalhar mediunicamente. Na verdade, eles representam, apenas, a média de ½% dos freqüentadores, ou seja, dentre cada grupo de 200 pessoas que procuram o Vale, apenas uma tem necessidade de desenvolver sua mediunidade.
     Depois que o último cliente se retira, fato que raramente acontece antes de meia-noite, surge sempre alguma atividade instrutiva, uma comunicação dos planos espirituais ou uma discussão doutrinária em torno de Tia Neiva. Com exceção dos Retiros e das Escaladas na Estrela, cujos horários são rígidos, não existem horas marcadas para as coisas que acontecem. As atividades flutuam ao sabor dos acontecimentos. O dia inteiro chegam pessoas em busca de auxílio, cuja natureza varia ao infinito. Os dias típicos que mais caracterizam a vida no Vale são os chamados dias de Trabalho Oficial, atualmente às quartas, sábados e domingos. Nesses dias, chegam a trafegar no Vale entre 3 e 4 mil pessoas.
     O Trabalho Oficial começa à 10 horas, com a abertura da Corrente. A partir daí, os médiuns vão se colocando nos seus postos de serviço, na medida em que vão se mediunizando, ou seja, que completam os seus rituais e se sentem prontos para o atendimento. As portas do Templo permanecem abertas e os clientes vão sendo acomodados nos bancos de pedra, que correm ao longo do Templo, no lado esquerdo de quem entra. O primeiro contato é com os médiuns da Falange dos Recepcionistas. Eles, discretamente, vão acomodando os clientes e movimentando as filas. Os pacientes sentam e levantam, e vão se aproximando dos Tronos, onde é feito o atendimento individual.
     Os Tronos são pequenas mesas, com apenas um lado disponível, onde se sentam o Apará (médium de incorporação) e o cliente. Por trás do Apará, permanece de pé o Doutrinador. Este, cuja mediunização torna seus sentidos mais alertas (ao contrário do Apará, que fica semiconsciente), é o responsável por tudo que decorrer no atendimento. Ele acompanha o trabalho do Preto Velho ou do Caboclo, esclarece o cliente, doutrina os sofredores que o Preto Velho puxa do cliente e garante, ao máximo possível, a satisfação do atendido.
     O Apará incorporado permanece com os olhos fechados e apenas entra em contato com o cliente segurando levemente suas mãos ou tocando, na sua cabeça, com a ponta dos dedos. Conforme o médium ou a entidade-guia, a linguagem é pouco inteligível pelo paciente. Isso, entretanto, não é de muita importância, uma vez que a vocalização é apenas a maneira da entidade entrar em sintonia com o paciente. Quando se torna necessário um conselho ou indicação, o Doutrinador serve de intérprete. Na verdade, o importante não é o que a entidade fala, mas, sim, o que ela faz durante o atendimento. É a manipulação de energias que irá resolver os problemas do consulente, podendo suceder que nem ele saiba, às vezes, quais são eles. Por isso, a comunicação é secundária, principalmente pelos perigos que encerra, devido às possíveis interpretações errôneas.
     O freqüentador do Vale do Amanhecer acaba por se habituar a avaliar a autenticidade do trabalho pelo resultado, fato esse de que só  ele pode ser o juiz. Se ele chega tenso e cheio de cargas negativas, o Preto Velho as atrai para o Apará. O médium recebe essas cargas e, devido à natureza dessas energias e sua localização no seu plexo solar, ele se contrai. O quadro dessa incorporação é o do médium com o rosto contraído, as mãos crispadas e, às vezes, falando em tom agressivo. Isso tanto pode significar que ele está recebendo a carga magnética do cliente como algum espírito sofredor, um desencarnado ou um obsessor.
     Qualquer que seja a situação, o Doutrinador faz sua doutrina e, mediante uma chave iniciática, faz a entrega a outro plano, outra dimensão. O médium, então, volta para sua incorporação suave do Preto Velho ou à expressão do Caboclo.
     Conseguido o reequilíbrio do tônus do paciente, a entidade sugere seu encaminhamento para outros trabalhos no Templo, dá-lhe algum conselho ou palavra de encorajamento, sugere sua volta ou lhe delineia algumas sugestões para equilibrar sua vida. Nunca, porém, interfere no seu livre arbítrio ou toma alguma decisão por ele.
     Após esse atendimento, o cliente tem várias alternativas: vai para a Sala de Cura se tiver algum distúrbio físico, para a Indução se seu problema for de ordem econômica, puramente de situação material, ou apenas para a Linha de Passes se não tiver problemas dessa natureza.
     A “cura”, em termos da Doutrina do Amanhecer, não envolve diagnóstico ou receita de remédios. Nada ali é feito que possa ser resolvido pelo médico terreno. Em todos os casos sempre se sugere que o paciente procure o médico, ou continue com o tratamento que porventura esteja fazendo. Nossa cura é puramente espiritual, na área invisível do paciente, que é inacessível ao médico físico.
     Se o cliente apresenta sintomas de mediunidade excessiva, é aconselhado o seu desenvolvimento, porém sempre é chamada sua atenção que isso tanto pode ser feito aqui como em qualquer outro lugar de sua preferência.
     Alguns clientes chegam pensando que todo atendimento é feito pessoalmente por Tia Neiva, e fazem questão de enfrentar o difícil problema da espera que isso suscita. Nos dias de Trabalho Oficial, o Templo atende entre 3 e 5 mil pessoas e, é lógico, apenas uma pequena parcela consegue falar pessoalmente com a Clarividente.
     De modo geral, o atendimento se caracteriza pela descontração e informalidade. O cliente entra e sai à vontade, ninguém lhe pede coisa alguma e ele só sai de sua incógnita se assim o desejar. Só tem que declinar seu nome e sua idade na hora de ser atendido pela entidade incorporada no médium. Tanto os médiuns como os dirigentes preferem ignorar o problema pessoal de cada um, e só se interessam pela natureza do problema. Geralmente, quando procurado, o recepcionista pergunta ao cliente se o problema dele é de saúde, da vida material ou de ordem familiar, para poder encaminhá-lo ao setor adequado.
     Na verdade, a técnica empregada no atendimento dispensa a confidência da pessoa. O trabalho de passa numa outra dimensão, que é invisível aos sentidos até mesmo dos médiuns. Mesmo a conversa das entidades, incorporadas no médium, escapa, em grande parte, aos seus ouvidos ou à sua percepção, embora ele não esteja realmente inconsciente. O diálogo é necessário para manter a sintonia entre o cliente e a entidade. Enquanto o Preto Velho conversa, ele está, na verdade, manipulando energias e resolvendo problemas da pessoa que, às vezes, nem ela suspeita que tem. Em alguns segundos do relógio, a entidade percorre os ambientes onde a pessoa vive, verifica problemas de suas outras encarnações, atende a pessoas que lhe são queridas, não importa a distância física onde estiverem, e faz até mesmo sua caridade para os inimigos do atendido.
     O ponto alto desse trabalho é que o cliente não assume compromisso algum, nem mesmo de ser um crente ou adepto. A confiança surge depois, com os resultados obtidos e é por isso que os clientes do Vale, em sua maioria, acabam por voltar outras vezes e se tornam amigos.
     Os clientes do Vale são de todas as classes sociais. Alguns vêm apenas para visitar ou por curiosidade. Outros, gostam de pesquisar. Porém, muitos, talvez a maioria, vêm em busca de algo que falta em suas vidas. Todos se sentem à vontade, uma vez que nada lhes é solicitado, pois não têm obrigação alguma. Os médiuns, esses sim, têm sempre a obrigação de fazerem tudo que for possível pelos que procuram o Templo. Não se concebe uma pessoa sair do Vale sem ter sido atendida ou sair insatisfeita. É lógico que o Vale não faz milagres, nem resolve todos os problemas das pessoas, mas sempre abre uma esperança, alivia uma dor e amplia as perspectivas daqueles que o procuram. 
     Salve Deus!

[Extraído do livro "O que é o Vale do Amanhecer" | Autor: Mário Sassi]



os ventos


      Existem ventos que agem sobre a Terra com determinadas funções. Esses ventos são efeitos da manipulação da força quente do Sol com a força fria da Lua, com poderes para abrir o neutrom e cumprir a natureza de sua emissão.
No final da carta de 7.9.77, Tia Neiva escreveu: “Deixemos aqui os Alaruê e seguimos para os “nufados”, que são trazidos pelo vento, que os projetam. Têm seu conteúdo, sua finalidade... Os nufados são partículas de energia do Astral Superior que vêm para a Terra e são distribuídas no bojo dos ventos, propiciando a renovação celular do plexo físico e produzindo maior polaridade positiva às vibrações celulares, resultando na perfeita harmonia energética do Sol Interior.  
Koatay 108 nos transmitiu a existência dos seguintes tipos:

1. AUSTRO TANUAY - O vento que traz, em seu bojo, as forças do Sol e da Lua, transmitindo uma energia transcendental que impulsa o Jaguar em sua missão, em seu sacerdócio. Tem íntima ligação com a necessidade de energias que suportam a vida do Jaguar, fluindo por  todo o Universo e trazendo o que for necessário tanto para a vida material como para o espírito.

2. TANOAÊ - O vento destruidor, o furacão,  a força reparadora que, segundo Koatay 108, vai varrer a Terra, levando seu triste fardo, e deixando nosso planeta em seus planos Crísticos, respeitando apenas  o nosso mundo cabalístico transcendental. Tanoaê emite sua força no vento para levar sua mensagem e fazer suas reparações, fazendo a limpeza das impregnações coletivas. Age, de forma violenta, nas grandes tempestades, junto aos grandes temporais, numa explosão de forças telúricas, realizando profundas desimpregnações que proporcionam melhoria das condições do ser humano e dos três reinos da Natureza, por aliviar cargas muito pesadas e alterar padrões vibratórios que poderiam provocar sérios desastres;

3. TANOAI - O vento que traz o consolo para aqueles que se deixam cair no desespero e já não têm mais esperanças de sobreviver;

4. TANOAY - O vento construtor, que modifica para melhor toda a sintonia da Natureza e do Homem, conduzindo-o para o progresso material e espiritual;

5. TANUY - Um vento suave, uma brisa, que leva os mantras para os planos etéricos, penetra nas Cavernas do Canal Vermelho levando a paz, a ternura, confortando àqueles que sofrem angustiados os tormentos dos lugares onde chegaram por seus próprios baixos padrões vibratórios.           (do Ac.Tumara)
  • “Quantas vezes vejo uma grande perda!
Porém, à noite, vejo os grandes Cavalheiros assumindo aquelas dívidas pelo compromisso missionário, para livrá-la de muitas enfermidades incuráveis.
Pela manhã vem o vento trazendo o prana, manipulando do Sol e da Lua, em seu ventre, com a mesma harmonia.
Muitas vezes sofro por ouvir alguém reclamando a perda de seu ouro pesado. Fico triste, eis porque a minha expressão é triste, pois eu havia presenciado, a poucos dias, o vento, em seu seio, levar o seu destino leproso.” (Tia Neiva, 3.7.78)

  • “Hoje, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela luz dos meus olhos, vocês evitaram um vento de 200 quilômetros por hora!... Ia desaparecer gente, pessoas, casas... Ia ser um absurdo!... Vamos dizer neste instante: Graças a Deus!...”
(Tia Neiva, aula de 21.12.80)

Consagrações Templo Mãe

11 de outubro  2012  Estrela Especial  21 hs




12 de outubro 2012   Iniciação ,Consagração de Centuria , Classificação e Recalssificação.



13 de Outubro 2012 Elevaçaõ de Espadas



14 de outubro  2012  Consagração de Adjuntos e Componentes- as15:00 hs  Templo Mãe.








Estrela Sublimação Estrela de Nerhu Estrela de Neru

Estrela de Nerhu ou ESTRELA SUBLIMAÇÃO é fonte de energia da transição para uma nova era e, com a Estrela Candente e o Turigano, forma a perfeita simetria que completou a triangulação de forças dos Grandes Iniciados. Ela faz a unificação das energias projetadas pelas 21 Estrelas.
 Traz toda uma nova energia espiritual, espíritos que formaram uma civilização super avançada, e que, com o tempo, nos trarão grandes inovações. Foi ela quem guiou os Magos do Oriente quando no nascimento de Jesus, o marco daquela era, o II Milênio.
Nerhu foi um grande sacerdote do Antigo Egito que conseguiu unir e cruzar essas forças, em trabalho de grande precisão, no qual de purificavam e reforçavam as forças dos sacerdotes do Templo de Karnak,
templo de Karnak (fonte:wikipedia)
onde está o Oráculo de Amon-Rá, quando o nível de impregnação, pelas cargas negativas do povo que se reunia ao redor do Templo, chegava a altos níveis.
Tia Neiva fez grande preparação para implantar este trabalho. Houve, até, uma Estrela Candente especialmente montada, com a troca de lugares dos mestres e ninfas, com os Aparás ocupando os esquifes e os Doutrinadores nos projetores Lua e nos banquinhos, junto aos esquifes.
Agora, sua força se faz presente para nos guiar para o III Milênio, no cruzamento das forças das Estrelas.
Regida pelos Grandes Arcanos, é um trabalho preciso e exige harmonia e concentração de quem dele participa.
O Ministro Eganaro é o responsável por toda a harmonização e manipulação dos raios das Estrelas e das pesadas cargas das Esmênias. O Ajanã que representa o Ministro Eganaro deve ser Vancares, para ter condições de manipular as forças do ritual, conduzindo os raios que chegam para seus projetores na medida ideal e necessária ao perfeito cruzamento destas mesmas forças, operando durante todo o ritual como um estabilizador de forças, distribuindo-as de acordo com o potencial de cada um dos respectivos representantes das Estrelas que estão projetando seus raios: Gairo, Agamor, Agero, Enuro, Nezaro e Riva. Ali se faz presente o próprio Pai Seta Branca, manipulando o conjunto de forças.
Junto ao Vancares atua o Cavaleiro da Lança Verde, o poder da mente, direcionando e manipulando as forças em conjunção que vão atuar nos pacientes e nos mestres e ninfas ali reunidos.
Por tudo isso, pelo elevado grau de forças envolvidas no trabalho, é exigida a máxima concentração de todos os seus participantes.
Com seu ritual contido no Livro de Leis, as observações se dirigem às ninfas que vão ser Esmênias, que representam as virgens que eram sacrificadas, cujos gritos de pavor diante da morte liberavam a energia necessária para a realização dos fenômenos que, à época, ocorriam. As ninfas se concentram no Turigano, com seus mestres, e portando suas lanças. No momento em que o trabalho é aberto, na Estrela Sublimação, também se abre o canal de força no Turigano, e as forças de que elas serão portadoras começam a ser manipuladas no Plano Espiritual. É um momento perigoso, pois são forças das quais não temos a menor noção, e as ninfas e mestres devem manter-se concentrados e em harmonia, evitando falar, movimentar-se e, principalmente, fumar. Não devem, inclusive, mentalizar lugares ou pessoas, mas, somente, seus Mentores.
Os Núbios eram um povo ao qual eram entregues, no Antigo Egito, diversas tarefas de confiança, formando uma classe acima dos escravos. Trabalhavam nos templos, nos palácios. No Templo de Karnak haviam cerimônias em que nove Núbios carregavam um andor onde estava o Deus Velado, Amon-Rá, onde se originou a denominação de Santo Nono.
As Esmênias Compõe o Santo Nono - cinco Ninfas Lua e quatro Ninfas Sol (5 + 4 = 9) -, e levam para a Estrela de Nerhu cargas negativas que não temos como aferir. Sabemos, apenas, por Koatay 108, que são imensas e poderosas, tendo as Esmênias toda a responsabilidade por sua condução.
Por isso é feita a corrente magnética, entre o Turigano e a Estrela Sublimação, que gera um campo magnético que impede a dispersão de irmãozinhos inluz que, conduzidos pelas Esmênias, podem querer escapar dali, bem como impedem que alguma Esmênia, tomada pelo pânico, deixe o cortejo.
Os componentes para a realização do trabalho são:
COM INDUMENTÁRIA:
  • 1 Mestre Trino ou Arcano, para o Comando do Trabalho;
  • 3 Mestres Arcanos para representação dos Ministros Tumuchy, Araken e Sumanã;
  • 6 Mestres Ajanãs, com as respectivas Ninfas Sol, para os projetores de Olorum;
  • 1 Mestre Ajanã para ficar como Padrinho, á direita do Comandante;
  • 2 Mestres representantes do 1º e do 2º Cavaleiros da Lança Vermelha, com suas respectivas Ninfas Lua;
  • 5 Ninfas Lua e 4 Ninfas Sol, da mesma Falange Missionária, para serem as Esmênias;
  • 5 Mestres Sol e 4 Ajanãs para acompanharem as Esmênias;
  • Yuricy Sol, representando a Madrinha do Comandante, que se senta à esquerda do Mestre Comandante, ficando com o manto do Vancares;
  • Yuricy Sol, para fazer a emissão e o canto, sentada à esquerda da Madrinha;
  • 2 Ninfas Dharman Oxinto, sentadas à esquerda do representante do Ministro Tumuchy;
  • 2 Samaritanas, para servirem sal e perfume e consagrar o vinho;
  • 2 Muruaicy, para controle do portão;
  • 7 Nityamas para a corte (podendo ser o número completado com Gregas e Mayas);
  • 2 Nyatras, que ficam no Turigano até que, ao entrarem com o cortejo do Santo Nono, se colocam ao lado direito dos projetores do 1º e do 2º Cavaleiros da Lança Vermelha.
de Jaguar, sem capa:
  • 6 Mestres Ajanãs e 6 Ninfas Sol, para formação da Mesa Evangélica;
  • 6 Mestres Doutrinadores, para os projetores da Mesa Evangélica.

Com todos acomodados em seus respectivos lugares, com a corte completa e a fila magnética já em formação, o Coordenador da Estrela pede à Muruaicy que feche os portões e informa ao Comandante que está tudo pronto para a abertura do trabalho.
O Comandante faz uma breve harmonização e abre o trabalho:

SALVE DEUS!
LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! (TRÊS VEZES)
(EMISSÃO e CANTO) JESUS, DIVINO E AMADO MESTRE! ESTAMOS AQUI PARA CONFRONTARMOS COM OS NOSSOS TRANSCENDENTES E, DESTA VEZ, ADQUIRIR OS PODERES QUE NOS PERTENCEM.
MESTRES ADJUNTOS! SÉTIMOS RAIOS! MESTRES REGENTES! VAMOS FORMAR O NOSSO SOL INTERIOR!
JESUS! QUEREMOS JUNTAR OS TRÊS REINOS DE NOSSA NATUREZA!
JESUS! ESTAMOS REDIMIDOS DOS TRISTES ATOS QUE PRATICAMOS, DAS VEREDAS SOMBRIAS E DOS IMPACTOS QUE LEVAMOS, DAS DORES QUE CAUSAMOS AOS NOSSOS IRMÃOS, CAVALEIROS VERDES, DO SAUDOSO MUNDO QUE DEIXAMOS.
MISSIONÁRIOS QUE SOMOS, JESUS, HOJE EM DEUS PAI TODO PODEROSO, NA LUZ DESTE CRISTIANISMO QUE TU, PERFEIÇÃO, NOS DESTES, SURGIU EM NOSSAS ALMAS UM NOVO AMNHECER!
VIVEMOS NO CALOR DO NOSSO SOL INTERIOR. SOMOS O OURO E SOMOS A PRATA! CONFRONTADOS, ESTAMOS DIANTE DESTA NOBREZA UNIVERSAL!
EU, MESTRE ADJUNTO _____, 1º RAIO DESTE SOL, VENHO FORMAR SOBRE O PODER DA PRATA A MARCA IMORTAL DESTA CRUZ, SOB A REGÊNCIA DOS RAMSÉS, ESTE PODER INICIÁTICO.
LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! (TRÊS VEZES)
SALVE DEUS!
PREPARO A FORÇA E O PODER DO CAVALEIRO SUMANÃ, MESTRE TRINO DESTA CONGREGAÇÃO.
MEU MESTRE TRINO MINISTRO CAVALEIRO SUMANÃ! PREPARE O SEU SOL INTERIOR E, ENTÃO, CRAVE SOBRE O PEITO DO MESTRE VANCARES, CAVALEIRO REPRESENTANTE DO SANTUÁRIO ETERNO, ORÁCULO DE AMON-RA.

Em seguida, o representante do Ministro Sumanã faz sua emissão e seu canto, e responde:

MESTRE ADJUNTO _____! AGRADEÇO E CUMPRO AS SUAS ORDENS, EM DEUS PAI TODO PODEROSO, E QUE O CAVALEIRO VANCARES VENHA ATÉ A PRESENÇA DO CAVALEIRO SOL, JAGUAR TUMUCHY, E CHEGUE PARA SER MARCADO PELA CRUZ DE ANÇANTA. ROGAMOS A DEUS MISERICORDIOSO, QUE O NOSSO REPRESENTANTE, MESTRE REGENTE, TRAGA AQUI NESTA ESTRELA, QUE PRESENCIOU TODA A CAMINHADA DAS TRISTES VEREDAS. SALVE DEUS!

O representante do Ministro Tumuchy faz a emissão e o canto, e diz:

JESUS, DIVINO E AMADO MESTRE, AQUI ESTOU OBEDECENDO À TUA LEI!
JESUS, DIVINO MESTRE! COM TODO AMOR ESPERO A TUA MISERICÓRDIA PARA QUE TODOS, TODOS POSSAM ALCANÇAR ESTA GRAÇA!
VIVEMOS A ENERGIA QUE DEIXAMOS E AINDA NÃO SE ESGOTOU. AO CONTRÁRIO, NOS AUMENTA NESTE AMANHECER A ENERGIA QUE OFERECEMOS NAS NOSSAS CURAS DESOBSESSIVAS, E HOJE, PREPARADOS, REVISTAMOS OS TRÊS REINOS DE NOSSA NATUREZA E, NA NOSSA INDIVIDUALIDADE, ESPERAMOS ALGUM CHARME QUE DEIXAMOS.
TUDO EM PERFEITA ORDEM, GRAÇAS AO BOM DEUS MISERICORDIOSO! E, NA CONTINUAÇÃO DESTA JORNADA, SEGUIRÃO AS NINFAS MISSIONÁRIAS.
A NINFA DO MEU LADO DIREITO, QUE FAÇA O SEU CANTO E TRAGA O MESTRE VANCARES, REPRESENTANTE MAIOR DE NOSSO SAUDOSO AMON-RA. E AS NITYAMAS SEGUIRÃO O CORTEJO DA NINFA À MINHA DIREITA, QUE ACABA DE PARTIR A CAMINHO DO MESMO.
SALVE DEUS!

 A Yuricy Sol, que está à esquerda do Comandante, como sua Madrinha, faz sua emissão e seu canto e integra o cortejo, portando o manto e acompanhada pelo Padrinho do Comandante.
O trabalho precisa de duas missionárias Dharman Oxinto, que se sentam à esquerda do projetor do Tumuchy.
Quando sai o cortejo para levar a morsa ao Vancares, após a emissão da Yuricy, a 1ª ninfa Dharman Oxinto à esquerda do projetor se coloca, junto com a Yuricy, atrás da corte, sendo seguida pela Madrinha, que é acompanhada pelo Padrinho do Comandante. É tocado o mantra “Mensageiros de Jesus”.
A Dharman Oxinto passa pelo projetor do Vancares e pára, voltando-se para o projetor, aguardando a preparação do Ajanã. A corte aguarda até que a Ninfa Sol chegue diante do Mestre Vancares, momento em que pára.
A Ninfa Sol, que acompanha o Mestre Vancares, desce do projetor, e sobe a Madrinha, que coloca o manto em volta do pescoço do Mestre Vancares. A Madrinha desce e a Ninfa Sol retoma seu lugar no projetor.
O Mestre Vancares, representante do Ministro Eganaro, faz sua emissão, e diz:

SALVE DEUS!
MEUS MESTRES, OBEDEÇO A VÓS QUE, NESTA BENDITA HORA, ME GOVERNAM! E SENDO FILHO DE DEUS PAI TODO PODEROSO, NESTA BENDITA HORA INVOCO A FORÇA DO DIVINO SANTUÁRIO DO DEUS MINISTRO OLORUM, SENHOR DA FORÇA UNIVERSAL DOS QUE ABRIGAM A MANIFESTAÇÃO DOS QUE VIVEM NO ALÉM DE DEUS.
EU SOU NASCIDO DE DEUS PAI TODO PODEROSO E VIVENDO À SUA IMAGEM E SEMELHANÇA, SOU SÁBIO! E AQUI EXPRESSAREI TODO O AMOR QUE ME CONSAGRASTES E QUE EXISTE NO MEU SOL INTERIOR.
VIVO, AINDA, OS GRANDES FENÔMENOS DE APOLO, UNIFICADO EM CRISTO JESUS! SÃO LINHAS QUE SE CONFRONTAM, SÃO PODERES QUE NOS EMANAM, SÃO LUZES DE TODO O UNIVERSO! E EU, CONSAGRADO VANCARES, QUINTO YURÊ, ADJUNTO REGENTE KOATAY 108, COM -0- EM CRISTO JESUS, SIGO A VOSSA MERCÊ, MEU SOL E MEU MESTRE JAGUAR TUMUCHY!

O Mestre Vancares e sua ninfa descem do projetor e são conduzidos pela corte até à frente do representante do Ministro Tumuchy, onde param e se voltam para o mestre, que ordena:

MESTRE VANCARES! SIGA ATÉ A PRESENÇA DO 1º MESTRE JAGUAR, TRINO ARAKÉM, OU SEU REGENTE!

Ao chegar à frente do representante do Ministro Arakém, o Mestre Vancares volta-se de costas para ele, que, com o dedo molhado pelo perfume que lhe é oferecido pela Samaritana, desenha na capa do Mestre Vancares, a Cruz de Ançanta, e o encaminha:

MESTRE VANCARES! SIGA ATÉ A PRESENÇA DO 1º MESTRE SOL TRINO SUMANÃ, OU SEU REGENTE!

Tendo o Mestre Vancares diante de si, o representante do Ministro Sumanã fala:

PEÇO QUE SEJA SERVIDO O SAL AO MESTRE VANCARES E, LOGO APÓS, ELE SIGA ATÉ A PRESENÇA DO 1º MESTRE SOL TRINO TUMUCHY, OU SEU REGENTE!

O Mestre Vancares e sua ninfa retornam à frente do representante do Ministro Tumuchy, e este desce do projetor, dando a mão ao Mestre, ficando a Ninfa Sol à frente. A Yuricy e a Dharman Oxinto se posicionam à frente da Ninfa Sol e a corte se movimenta, conduzindo o Mestre Vancares ao projetor do Ministro Eganaro, ao som do mantra “Mensageiros de Jesus”.
Ao chegarem, o Mestre Vancares e sua ninfa se posicionam no projetor, e o mestre representante do Ministro Tumuchy retorna, com a corte ao seu lugar. A Dharman Oxinto continua na corte, junto com a Yuricy, até que retorne com o Mestre representante do Tumuchy que levou o Vancares a seu projetor.

Tão logo a corte se desloque do projetor do Ministro Eganaro, o Comandante faz a chamada:

SALVE DEUS!
MESTRE REPRESENTANTE DO MINISTRO GAIRO, GRAÇAS A DEUS!

O Mestre Gairo faz sua emissão e responde:

JESUS, DIVINO E AMADO MESTRE! VIVEMOS A NOVA ERA! APROXIMA-SE O PODER DA VIDA E O PODER DA MORTE! ERGUEMOS AS RÉDEAS DA VIDA E NOS PREPARAMOS PARA A VIDA E PARA A MORTE!
SABEMOS QUE ESTAMOS SUBINDO NO PORTAL DO TERCEIRO MILÊNIO E AGRADECEMOS, JESUS, POR ESTE GRANDE ACERVO DE FORÇA E PODER!

O Comandante convoca:

SALVE DEUS!
MESTRE REPRESENTANTE DO MINISTRO AGAMOR, GRAÇAS A DEUS!

O Mestre Agamor faz sua emissão e responde:

Ó, DEUS MISERICORDIOSO! INFINITA SÓ MESMO A TUA MISERICÓRDIA!
VELHOS GUERREIROS QUE, VINDOS DO MUNDO PELOPONESO ONTEM, HOJE RECEBEM OS PODERES DOS DIVINOS SANTUÁRIOS, QUE TUA PERFEIÇÃO NOS CONGREGA E NOS RENOVA PARA O CONFLITO FINAL.
É A NOVA ERA! ESTAMOS NA NOVA ERA! E CONTINUAREMOS, PARA SEMPRE, CAVALEIROS VERDES, CAVALEIROS ESPECIAIS!

O Comandante volta a chamar:

SALVE DEUS!
MESTRE REPRESENTANTE DO 1º CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA, GRAÇAS A DEUS!

O 1º Cavaleiro da Lança Vermelha fala:

SALVE DEUS!
IRMÃOS DESTA CONGREGAÇÃO, AGRADEÇAM AS FORÇAS RECEBIDAS E SE PREPAREM TODOS PARA RECEBER O SANTO NONO, QUE JÁ SE ESTÁ A CAMINHO DESTA JORNADA!

O Santo Nono se desloca do Turigano, passando na fila magnética, e se dirige ao portão da Estrela. A corte de Nityamas se posiciona diante do portão. Quando as Ninfas Esmênias chegam ao portão, emitem:

SOMOS AS ESMÊNIAS E PEDIMOS PERMISSÃO PARA ENTRAR NESTE ORÁCULO!

Como as Esmênias não contam com qualquer proteção, as Nityamas respondem, com energia, batendo os pés no chão:

NÃO, NÃO PODEM ENTRAR!
NÃO TEMOS PERMISSÃO PARA DEIXÁ-LAS ENTRAR NESTE ORÁCULO!

O Santo Nono retorna ao Turigano e vêm ao portão as Niatras, mensageiras de Nerhu, que controlam as forças de desintegração da Estrela, e pedem:

SALVE DEUS, BENDITA FALANGE DE NITYAMAS!
SOMOS AS NYATRAS, E PEDIMOS PERMISSÃO PARA FALAR COM O 1º CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA!

As Muruaicy abrem o portão e elas entram, sendo conduzidas pelas Nityamas até diante do representante do Cavaleiro da Lança Vermelha, onde param, e uma Nyatra diz:

SALVE DEUS, 1º CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA, REPRESENTANTE DO REINO CENTRAL! AJUDE-NOS A TRANSPORTAR AS ESMÊNIAS ATÉ ESTE ORÁCULO, POIS AS CORRENTES NEGATIVAS NÃO DEIXAM QUE ELAS ENTREM!

O 1º Cavaleiro da Lança Vermelha faz seu canto:

SALVE DEUS, JESUS DIVINO E AMADO MESTRE!
PARTO COM -0- (emissão) PORQUE -X- VOS PERTENCE! RECEBO DE VOSSA MERCÊ O DIREITO DESTA CONVOCAÇÃO, NA ABERTURA DE NOSSAS HERANÇAS, VINDAS DO SAUDOSO VALE DOS REIS. Ó, JESUS, ESTA É A HORA QUE FALO, EU, 1o. CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA, DO PODER DESOBSESSIVO DOS CEGOS, DOS MUDOS E DOS INCOMPREENDIDOS. ATENDERÃO AO MEU CHAMADO DO MEU MESTRE, NA REAL SINTONIA DESTE AMANHECER, E LEVAREI NA FORÇA ABSOLUTA DO PODER MAGNÉTICO QUE ME COMPETE, PORQUE, JESUS, EU SOU NASCIDO DE DEUS, PURO DOS PUROS, E SENDO FEITO À SUA IMAGEM E SEMELHANÇA, SOU PURO! A VIDA DE DEUS É A MINHA VIDA, E COM ELE VIBRO EM HARMONIA E INTEGRIDADE.
Ó, PODER! Ó, PERFEIÇÃO! NESTE BENDITA HORA, EU PEÇO A FORÇA DE AKINATON E AMON-RÁ! QUE SUAS BÊNÇÃOS, SUAS HERANÇAS, SE CONVENÇAM EM NÓS! E POR ESTA SIMPLICIDADE QUE TEMOS EM NOSSOS CORAÇÕES, EMITO ESTE MANTRA:  (emite o PAI NOSSO)
QUE EM FAVOR, ABRO A MINHA EMISSÃO, PEDINDO QUE SIGA NA SINTONIA DOS QUE DE MIM NECESSITAREM: EU, (emissão).  SALVE DEUS!

O cortejo se movimenta, e o 1º Cavaleiro da Lança Vermelha e sua ninfa descem do projetor, e seguem as Nyatras, saindo da Estrela de Nerhu e indo ao Turigano, ao encontro do Santo Nono.
Logo que o 1º Cavaleiro da Lança Vermelha desce para seguir a corte, o Mestre Comandante faz a chamada:

SALVE DEUS!
MESTRE REPRESENTANTE DO MINISTRO ENURO, GRAÇAS A DEUS!

O representante do Ministro Enuro faz sua emissão e seu canto na individualidade.
Enquanto isso, a corte chega ao Turigano, e o 1º Cavaleiro da Lança Vermelha fala diante das Esmênias:

salve deus, ninfas esmênias! sou o representante do 1º cavaleiro da lança vermelha e vim para conduzí-las até o oráculo!

A corte retorna, conduzindo as Nyatras, o 1º Cavaleiro da Lança Vermelha e sua ninfa, e o Santo Nono para a Estrela de Nerhu, guarnecidos pelas filas magnéticas.
No Oráculo, o Comandante faz a chamada:

SALVE DEUS!
MESTRE REPRESENTANTE DO MINISTRO NEZARO, GRAÇAS A DEUS!

O representante do Ministro Nezaro faz sua emissão e seu canto na individualidade.
Enquanto é feito este canto, a corte chega aos portões e o Comandante pede:

SALVE DEUS!
MESTRES E NINFAS, DE PÉ, POR FAVOR!

O Santo Nono entra, os portões são fechados e se desfaz a fila magnética. Os Prisioneiros que ajudaram a compor a fila magnética anotam mil bônus em seus cadernos.
Não há necessidade de os pacientes ficarem de pé e nem há interrupção da emissão do mestre representante do Ministro Nezaro.
O Santo Nono vem no simbolismo da peregrinação, e traz todo o acervo de forças negativas do lugar que foi trabalhado pela Espiritualidade Maior. O cortejo entra pelo lado direito da Estrela, contornando os esquifes, e uma Nyatra fica à direita do projetor do 1º Cavaleiro da Lança Vermelha, que se posiciona com sua ninfa, e ficam aguardando o final da emissão e canto do representante do Ministro Nezaro.
As Ninfas Yuricy e Dharman Oxinto entram na corte, passando pela Elipse, mas as Esmênias param, ficando o primeiro par em frente ao Mestre Comandante que, terminado o canto do Ministro Nezaro, saúda:

salve deus!
seja benvinda, bendita falange de amon-ra!
trouxestes as impurezas dos palácios e das choupanas...
bendita chegada dos núbios de amon-ra!
esta cabala vos espera
para receber toda a carga e todas as impregnações negativas.

O Comandante pede que todos se sentem e chama:

SALVE DEUS!
MESTRE REPRESENTANTE DO MINISTRO RIVA, GRAÇAS A DEUS!

O Mestre representante do Ministro Riva faz a emissão e o canto na individualidade.
As Esmênias passam pela Elipse e vão se anodizar. No lugar das Samaritanas lhes é servido sal e perfume. A Yuricy coloca o vinho nas taças, que são servidas pela Dharman Oxinto à Ninfa Esmênia e seu Mestre Núbio.
Após terem todos os pares de Esmênias tomado o vinho, e terem chegado à linha dos esquifes, param, e a Nyatra se posiciona à direita do projetor do 2º Cavaleiro da Lança Vermelha. O Comandante chama:

SALVE DEUS!
MESTRE VANCARES, REPRESENTANTE DO MINISTRO EGANARO, GRAÇAS A DEUS!

O Mestre Vancares responde:

ó, jesus, divino e amado mestre! que as forças curadoras encontrem acesso em nossos corações!
ó, cavaleiro da lança vermelha! toda a harmonia se encontra a seu favor! chegue até aqui, na sintonia de deus pai todo poderoso!

O Mestre Comandante volta a falar:

AGORA É A VEZ DOS ENFERMOS!
Ó, JESUS! ACABAM DE CHEGAR AO SACRIFÍCIO NOS ESQUIFES AS NINFAS ESMÊNIAS QUE, COM -0-, SE DESTINAM A EMITIR A FORÇA DO REINO CENTRAL, PARA A CURA DESOBSESSIVA, A CURA DO CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA, DOS CEGOS, DOS MUDOS E DOS INCOMPREENDIDOS.

As Ninfas Esmênias dizem:

QUISERA. Ó, JESUS, REPARARMOS TODO O MAL QUE PRATICAMOS E, NO SIMBOLISMO DAS NINFAS ESMÊNIAS, ESTAMOS EM TUA LEI COM -0-// EM CRISTO JESUS!

O Mestre Comandante ordena:

2º CAVALEIRO DA LANÇA VERMELHA!
SIGA À FRENTE DAS NINFAS ESMÊNIAS, RECEBA SUAS LANÇAS E ORDENE QUE SE ACOMODEM EM SEUS LEITOS!

O 2º Cavaleiro da Lança Vermelha vai até o suporte para lanças, nele colocando as lanças das Esmênias, que são por ele organizadas nos esquifes, onde as ninfas ficam de pé, com seus mestres atrás. Todos acomodados, o representante do 2º Cavaleiro da Lança Vermelha retorna ao seu projetor, e emite:

JESUS, DIVINO E AMADO MESTRE!
AQUI, NESTA BENDITA HORA, VENHO, EM TEU SANTO NOME, VOS PEDIR QUE SE DELOQUEM AS FORÇAS EM MEU FAVOR! (EMISSÃO e CANTO)
CAVALEIRO EGANARO, LANÇA VERDE VANCARES, MESTRE ____!
FORME O SEU CANTO E DÊ DESTINO ÀS NINFAS ESMÊNIAS!...

O Cavaleiro Eganaro emite o Canto do Ajanã e pede às Ninfas Esmênias:

Ó, JESUS! NÃO PERMITA QUE FORÇAS NEGATIVAS DOMINEM A MINHA MENTE!
QUE SOMENTE A VERDADE ENCONTRE ACESSO EM TODO MEU SER!
FAZE-ME PERFEITO INSTRUMENTO DA TUA PAZ! 
E PARA QUE EU POSSA TRABALHAR SEM DÚVIDAS, TIRA-ME A VOZ QUANDO, POR VAIDADE, ENGANAR AOS QUE ME CERCAM!
ILUMINA A MINHA BOCA, PARA QUE PURAS SEJAM AS MENSAGENS DO CÉU POR MIM!
ILUMINA, TAMBÉM, AS MINHAS MÃOS NAS HORAS TRISTES E CURADORAS, E PARA SEMPRE!...
JESUS! NINGUÉM, JAMAIS, PODERÁ CONTAMINAR-SE POR MIM!

PEÇO ÀS NINFAS ESMÊNIAS QUE FAÇAM SUAS EMISSÕES EM CONJUNTO E, APÓS, SE DEITEM NOS ESQUIFES!

Após terminadas as emissões, as Esmênias se deitam nos esquifes e o Mestre Comandante determina:

SALVE DEUS! MESTRE COMANDANTE DA MESA EVANGÉLICA, DÊ INÍCIO AO TRABALHO. GRAÇAS A DEUS, E BOA SORTE!

O Comandante da Mesa faz uma reverência ao Comandante, e dá início à Chave de Abertura da Mesa Evangélica. Terminando com a emissão três vezes de “Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo”, acrescenta, em seguida:

NESTE INSTANTE, INVOCO AS FORÇAS DESOBSESSIVAS PARA ALIVIAR AS CORRENTES NEGATIVAS TRAZIDAS PELAS NINFAS ESMÊNIAS!
SENHORAS DOUTRINADORAS, EM NOME DE JESUS, FAÇAM AS PUXADAS!

Após 3 minutos de incorporações, o Comandante da Mesa pede às Ninfas Sol que completem suas doutrinas e façam as elevações e aos Ajanãs que saiam da sintonia das incorporações. Tudo harmonizado, encerra o trabalho com a Chave de Encerramento e pede às Ninfas Sol que apliquem o passe magnético nos respectivos Ajanãs. Volta-se para o Mestre Comandante e abre o plexo, dizendo SALVE DEUS!

O Mestre Comandante determina:

SALVE DEUS! MESTRE REPRESENTANTE DO MINISTRO ARAKÉM!
DÊ INICIO AO TRABALHO DE CONTAGEM! BOA SORTE!

O representante do Ministro Arakém faz a Contagem.
Terminada a Contagem, o Mestre Comandante pede que os mestres das Esmênias ajudem-nas a levantar dos esquifes, agradece a presença dos Trinos, Arcanos, Adjuntos, Mestres e Ninfas pela colaboração na realização do trabalho, e pede uma salva de palmas para as Esmênias, que recebem suas lanças do 2º Cavaleiro da Lança Vermelha.
São distribuídas flores, e o cortejo se reagrupa, e faz sua jornada passando pela Elipse, momento em que o Mestre Comandante toma a frente e, seguido pelos mestres representantes dos Ministros Tumuchy, Arakém e Sumanã, saem da Estrela de Nerhu.
Após saírem os médiuns, saem os pacientes.

OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES:

  • As Samaritanas, no início do trabalho, trocam a posição do perfume e do sal, ficando este à esquerda, para permitir que o Regente Arakém use o perfume para fazer a Cruz de Ansanta nas costas do Vancares. Depois que o cortejo passar, com o Regente Tumuchy conduzindo o Vancares, trocam-se as posições, ficando o sal à esquerda e o perfume á direita das Samaritanas.
  • Quando o Santo Nono entra, a 2ª ninfa Dharman Oxinto se desloca, junto com a outra Yuricy, até onde estão as Samaritanas, onde pega a bandeja com as taças, e a Yuricy pega o vinho, para servir aos componentes do Santo Nono, após estes terem se anodizado com sal e perfume. A Dharman Oxinto pega a bandeja com duas taças, e a Yuricy coloca o vinho nas taças. A Dharman Oxinto leva a bandeja, num gesto simples e ritualístico, à altura do plexo, junto ao corpo, e, elevando a bandeja, serve ao casal.  Terminando de servir aos sete pares, Dharman Oxinto e Yuricy retornam aos seus lugares.
  • Após se servirem do vinho, as Esmênias são conduzidas aos esquifes, onde fazem suas emissões em conjunto e se deitam, ficando seus mestres atrás, de pé. Principalmente as ninfas Lua, que não estão acostumadas a deitar no esquife, devem ser orientadas para que se deitem com os braços estendidos para a frente, com as mãos espalmadas sobre o esquife, a testa encostada, de frente, na sua superfície.
  • Outra atenção deve ser dada pelo mestre que, no projetor de Araken, faz a Contagem:  ali, esse trabalho é direcionado para o resíduo de cargas que possam ter ficado da Mesa Evangélica, e não deve ser pedida, inicialmente, a mentalização de pessoas, locais, governo, etc. O princípio da Contagem deve estar voltado para a desimpregnação de cargas negativas dos médiuns, algum resíduo que possa restar da Mesa Evangélica, e, depois, então, deve o mestre representante de Arakem puxar as diversas forças da Contagem (das matas, das águas, etc.) para a recuperação daqueles que participaram do trabalho.
  • O poder da Estrela de Nerhu é tão grandioso que, com o tempo e o avinhamento, irá permitir fenômenos de materialização e aparição de espíritos de outras dimensões, por ação do Oráculo de Agamor,  que recebe e manipula as forças dos três Oráculos - de Simiromba, de Olorum e de Obatalá - e faz seu cruzamento, resultando em um conjunto de forças especiais e de caráter específico, destinadas a ir enfraquecendo a proteção do neutrom, de modo a permitir que seja feita muito lentamente a conjunção de dois planos - o visível e o invisível -, de acordo com a capacidade de controle dos fenômenos, desenvolvida pelos Jaguares do Amanhecer.
  • Após a Contagem, os mestres ajudam às ninfas a se levantarem dos esquifes, e inicia-se a saída, com facultativa distribuição de flores.

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  • A partir de agora, vamos adquirir uma linha de cultura para um trabalho de alta precisão, que é o trabalho da Estrela de Nerhu, a Iniciação dos Arcanos.
Ela vem com forças que vão além do nosso Interoceptível em termos de receptividade, e vocês vão se colocar em condições de executarem este trabalho de precisão.
Se começarmos a assimilar esta cultura para esta nova fase, se criarmos esta consciência e procurarmos entender a grandiosidade do transcendente que somos, então não há problema de estarmos à altura do trabalho a ser realizado.
A convicção íntima e a conscientização deverão acompanhar o Jaguar, permanentemente, em suas vidas.
Estamos, agora, entrando diretamente na força iniciática do Vale dos Reis.
A partir do momento em que você for credenciado para a Estrela Testemunha, você passa a receber algo mais em seu Interoceptível além das suas heranças naturais.”
(Trino TUMUCHY – “Curso sobre as Estrelas”)
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CURSO SOBRE AS ESTRELAS  AULA 1



CURSO ESTRELAS TRINO TUMUCHY
1982 TRINO TUMUCHY, Mestre Mário Sassi
1ª AULA (16.8.82)
Neiva me esclareceu da necessidade destes ensinamentos no dia do desencarne da nossa Mestre Lua Ivone, quando, pela primeira vez, pude presenciar um fenômeno real, objetivo, incrível e incontestável, onde uma serpentina de fogo atravessou, lentamente, o céu, a meio horizonte, na escuridão da noite, sendo vista por várias pessoas. Neiva, presente, disse tratar-se da Estrela Acelos do 2º Verbo. Era, pois, a primeira vez que uma Estrela, destas que estão vindo – Harpásios, Sivans, Taumantes, Vancares, Cautanenses, Sardyos, Acelos, Mântios, etc.) se apresentou assim, de forma tão incontestável.
Esta aula foi dividida da seguinte forma:
1º) Os meios em que as coisas se realizam entre o Céu e a Terra;
2º) Sistema Sideral, isto é, o princípio das organizações nos planos etéricos;
3º) Sistema Humano;
4º) Sistema Iniciático; e
5º) Sistema Evolutivo.
Todas as relações das coisas, neste Universo, constituem um grande campo vibracional. Tudo vibra em uma determinada onda e os planos vibracionais determinam a composição das coisas. Digamos, assim, que o campo vibracional de todo o Universo seria o próprio Deus! Os variados campos vibracionais determinam, pois, as diferenças entre as coisas. O mais conhecido por todos nós é o próprio átomo, com uma vibração positiva, uma vibração negativa e uma vibração neutra. Outro campo vibracional está aqui, bem perto de nós, mas não o percebemos. Exemplo: a luz, que enxergamos normalmente. Se aumentarmos sua vibração (intensidade), ficamos cegos, porque a capacidade vibratória do nosso olho foi ultrapassada.
Nós conhecemos as vibrações positivas, as negativas e o neutrom, representados na Estrela do Escudo (Colete) pelo sinal de dividir. Adquirimos, pela nossa condição iniciática em Koatay 108, a capacidade de varar o neutrom. O espírito que nos trás uma comunicação atravessa a barreira do neutrom. Quando saímos do nosso corpo, enquanto dormimos, atravessamos a barreira do neutrom e, por serem campos vibratórios diferentes, raríssimas vezes nos recordamos dos fatos.
Neiva, por ser Clarividente, e pela natureza de sua missão, é consciente de suas viagens aos mundos fora da matéria em que vivemos. Estes planos vibratórios fazem com que os fenômenos permaneçam em ambos os planos. Os fatos que acontecem na Magia de Jesus permanecem, e isto é verdadeiro porque levamos conosco as heranças dos dias anteriores, os efeitos das causas que nos fizeram retornar a bagagem transcendental. Estes fatos estão mudando de valores conforme o campo vibratório em que vão penetrando. Assim, um ato, por
exemplo, de um crime aqui na Terra, no plano espiritual poderia ser um reajuste. Os fenômenos vão se modificando de acordo com as manifestações.
Nós temos duas forças distintas de manipulação das vibrações, que são o Apará e o Doutrinador. O Doutrinador produz um tipo de manipulação que nós chamamos de manifestação silenciosa. O Apará é uma força concreta, absolutamente nítida, que se manifesta no seu plexo. A manipulação conjunta do Apará-Doutrinador constitui a base de todo o nosso Sistema. O Apará obedece a uma linha completamente diferente de trabalho, que vem do Oráculo básico de Olorum.
O SISTEMA SIDERAL – Sistema do Céu – é a organização do nosso plano espiritual. O termo Sanday vem de Casa Transitória. Casa Transitória é um mundo enorme, talvez do tamanho de uma galáxia, que está perto de Capela – nosso planeta de origem. Dela se originam os Sandays. Sandays e Casas Transitórias traduzem, mais ou menos, a mesma idéia. Dharman Oxinto, que significa “a caminho de Deus”, é a forma de contato com o Sanday. É o caminho para a Casa Transitória.
As Casas Transitórias ou Sandays são presididas pelos Oráculos. O nosso Oráculo de Simiromba representa uma parte essencial do Sol Simétrico. Todo nosso trabalho é presidido por três Oráculos, que são os de Simiromba, de Olorum e de Obatalá. Obatalá, na linguagem africana, significa Grande Deus.
Koatay 108, completada sua consagração, passou a ter vinte e um Sandays, sete para cada Oráculo. De um Sanday podem surgir outros Sandays, mas, de qualquer forma, todos eles formam uma contagem. Uma contagem significa uma série de elementos em que existe uma hierarquia, uma origem e uma força.
Um Sanday é formado de acordo com as origens dos elementos componentes aqui no Vale. Assim, cada um de nós recebe uma Estrela, de acordo com a nossa origem no Sanday. Cada um está sendo preparado, através de milênios, para o seu Sanday. A preexistência do nosso contato, da nossa origem e da nossa bagagem espiritual por este Sanday é que determinam a posição que assumiremos dentro do Sanday. A chegada destas Estrelas é o fechamento do círculo com que nós recebemos a força fantástica das Estrelas. Segundo Neiva, o tamanho de cada uma é imenso! Cada um de nós tem, portanto, um relacionamento dentro dessas Estrelas e, embora algum de nós possa ter a força de mais de uma Estrela, conforme a posição dentro de uma hierarquia, a maioria é especializada naquele tipo de trabalho que aquela Estrela irá fazer.
Dentro do Sanday (Estrela) há uma hierarquia, um ritual para cada tipo de situação, conforme acontece aqui em nosso Templo. Cada Sanday tem o seu ritual, mas isto é apenas uma pequena amostra da força imensa representada por uma Estrela. É por isso que Pai Seta Branca disse que, para nós, estão designadas coisas extraordinárias nesta fase da transição. Temos toda esta herança de nossa origem, mas, nesta roupagem, teremos estas forças dependendo do nosso desenvolvimento, da nossa evolução. Somente a Clarividente tem a condição de saber nossa origem e fazer a consagração de cada um. A consagração, portanto, só é dada segundo a origem de cada um.
Assim, por exemplo, a maioria dos nomeados são Harpásios, Estrela que age como uma Estrela-Mãe, nave de comando.
O povo de Sivans é um povo com afinidade determinada dentro de uma certa linha de trabalho, inclusive com tendência para o trabalho de racionalização das coisas, diferente do Harpásios, que tem tendência ao trabalho generalizado, em qualquer circunstância.
Os Sandays são espalhados pelas Casas Transitórias. Entre os Sandays de Koatay 108, as Estrelas são em número de vinte e um, e aí estão Sivans, Harpásios, Taumantes, etc.
A maneira como estes Sandays chegam até nós é através das amacês, que são manifestações físicas dos veículos dos Sandays. As amacês vão e vêm, trazem as energias e fazem a troca de veículos dos Sandays.
SISTEMAS HUMANOS – O Homem, na Terra, tem o seu Sol Interior. Ele está situado em um plano vibracional, tem sua força mediúnica, e está relacionado só dentro do seu carma, não havendo nenhuma ação além de sua vida própria. Este é o Homem comum, o paciente que aqui vem. O Homem colocado no sistema iniciático é originário das galáxias e, agora, está recebendo a identificação do nosso relacionamento com estas Estrelas. Não é um fenômeno simples. É muito complexo e, agora, começará a se manifestar concretamente através de aparições das Estrelas, porque estamos no processo da conjunção dos dois planos.
Com a compressão do neutrom e uma alteração na composição vibracional, deverá surgir uma nova organização atômica, compondo novo átomo. Assim, o neutrom começará a se tornar permeável, o que explica a visão da Estrela que apareceu. Daqui a pouco, vamos começar a ver os espíritos, e não será materialização. Eles atravessarão o neutrom e chegarão ao nosso plano, com todas as qualidades que têm no outro plano.
Toda a Ciência existente, há mais de cinco milênios, desconhece este fenômeno. A descompensação dos núcleos do átomo produz um choque terrível, e nós não podemos imaginar o que poderá acontecer com a passagem destes espíritos para o nosso plano.
Mas o fenômeno da desintegração, dentro dos limites do nosso ritual, já é feito por nós. Na entrega dos espíritos sofredores, o Obatalá é uma combinação de uma força magnética do outro lado do neutrom, onde os Cavaleiros e os Iniciados fazem uma rede magnética e nós, aqui, empurramos, com nossa força de Jaguar, e conseguimos fazer com que aqueles espíritos se desintegrem, isto é, eles passam de um plano para outro.
Não temos a capacidade de integração – somente a de desintegração. Da mesma forma fazemos nossa emissão chegar até o Céu, quando emitimos.
Este Homem de quem estamos falando já é o Homem Iniciático, dentro do Sistema Iniciático. Portanto, o Homem Iniciático tem uma capacidade superior à do Homem normal, pela bagagem que ele trouxe de suas origens. É por isso que Pai Seta Branca já não está mais preocupado com a quantidade mas, sim, com a qualidade.
SISTEMA INICIÁTICO – Iniciada é uma pessoa que se propôs a atravessar os vários portais das suas próprias possibilidades. Sabemos que temos uma origem e nos propomos a voltar, um dia, para ela. O sistema do Vale do Amanhecer, que dispõe de uma Clarividente, nos oferece a oportunidade de atravessar esses portais e de nos tornarmos um iniciado.
Para haver um iniciado é preciso que exista um Iluminado que o prepare. No nosso caso, esta preparação parte de Tia Neiva. Todas as consagrações só podem partir de Tia Neiva, porque ela tem a luz necessária para ver, sentir, palpar e subir a estes mundos, e verificar e distinguir,
neste mundo físico, quem é quem, o que cada um de nós pode fazer, o que cada um é e de que maneira cada um pode receber os impulsos para o nosso trabalho.
Este é, portanto, o único grupo iniciático em funcionamento na Terra, o que nos dá um título de nobreza! Somos, assim, privilegiados, por termos uma Clarividente em nosso meio e só nós podemos ser iniciados. O iniciado não pode ser somente no plano espiritual e, para o nosso trabalho, terá de sê-lo também aqui na Terra, para que haja comunicação entre os dois planos.
SISTEMA EVOLUTIVO – O processo evolutivo da Corrente de faz por círculos concêntricos, cada vez menores. Atualmente, Tia Neiva consagra uma pequena multidão, mas não é toda a multidão. Vamos formando hierarquias, e estas hierarquias vão se consolidando, porque os gabaritos destas hierarquias já foram preestabelecidos no plano espiritual.
Entretanto, no plano físico, temos que caminhar para a nossa individualidade, nos encontrar conosco mesmos, para que, através da consagração, possamos ser, na nossa personalidade, aquilo que já somos em nossa individualidade.
A primeira parte do mecanismo do iniciado é a sua orbe. Sua orbe são canais que giram em torno de sua cabeça e que lhe proporcionam a sua potencialidade. Cada ser humano tem a sua própria orbe, girando em torno de sua cabeça todos estes planos, todos estes planetas. Essas informações lhes chegam à cabeça através do interoceptível. O interoceptível é o primeiro passo que o iniciado tem da força de sua orbe, dando-lhe suas inclinações básicas. Dependendo do seu equilíbrio no interoceptível, as forças entram de forma negativa ou positiva. Daí ela desce pela coluna vertebral, se impregna no chakra cardíaco (quando harmonizados, é impregnada de amor – força básica de nossa Doutrina), chega ao plexo e entra em fusão com a força mediúnica. Isto se chama eletrolítrio.
O sistema eletrolítrio produz três forças diferentes: o ectolítrio, o ectolítero e o ectoplasma. Não temos a capacidade de saber o que estas forças são capazes de fazer (ecto = fora de). Emitimos o ectoplasma na linha horizontal, para a Lei do Auxílio. A partir daí, este sistema vai produzir o equilíbrio do Sol Interior de cada um. Se tivermos o equilíbrio da mente, se tivermos o controle da manipulação de energia dos fatos que nos acontecem, então teremos o equilíbrio do nosso Sol Interior.
O nosso Sol Interior corresponde, no plano espiritual, ao Sol Simétrico. O Sol Interior está relacionado diretamente com as forças, com todos estes mundos fantásticos, espirituais, aos quais não alcançamos nem na imaginação. Ele é a força, é a reprodução, o ponto de contato, mais ou menos dentro do mesmo sistema que é a organização dos planos espirituais. Com o Sol Simétrico equilibrado, você começa a emitir sua força na Lei do Auxílio. A Lei do Auxílio vai depender da sua conduta doutrinária, da maneira como você interpreta a Doutrina, como você considera a Doutrina, com amor, tolerância e humildade, e que vem da permanente ligação que você tem com as coisas.
Da Lei do Auxílio vem o retorno das suas emissões. As emissões vêm na proporção em que você se afina na Lei do Auxílio. Você vai podendo lançar suas emissões, e estas emissões, que contêm toda a sua identificação, do que você é e do que é capaz, do que você é herdeiro e de onde você vem, fecham então o ciclo, formando uma força giratória que vai e vem, formando o contato com os planos superiores. As emissões fazem com que você saia de sua personalidade e vá para a sua individualidade. A emissão faz, também, com que os Grandes Iniciados desçam até você. É um perfeito trabalho de ida e volta. A volta da emissão nada mais é do que a presença do Grande Iniciado evocado na emissão. Estabelece-se o perfeito canal de
emissão entre o Céu e a Terra. Com a emissão, você trás a eternidade para o presente e, quando estivermos conscientes desta realidade, seremos capazes de realizar grandes fenômenos.
Partimos do processo simples da Lei do Auxílio e, em instantes, mergulhamos na eternidade, nos tornando verdadeiros gigantes. Os valores da eternidade são os valores do perdão. Os valores do castigo são aqui da Terra, e são anulados pelos valores trazidos pelos Grandes Iniciados. A Lei do Perdão é, portanto, a Lei do Transcendental.
Estamos, agora, adquirindo a capacidade de manipular estas forças e, com a Estrela Sublimação pronta, quando se fizer a triangulação de forças dos mestres que estão preparados, então, na perfeita simetria das forças combinadas com o Turigano e com a Estrela Candente, vamos ter um verdadeiro mundo de energia capaz de fazer frente às grandes catástrofes que vêm por aí.
Estamos, assim, caminhando para a plenitude de nosso Terceiro Sétimo. O Terceiro Sétimo será atingido quando esta Corrente estiver integrada neste processo de utilização das três forças dos três Oráculos – de Obatalá, de Olorum e de Simiromba.
Para terminar, quero lhes dizer que o sistema evolutivo do Vale do Amanhecer é o Sistema Crístico concreto. É isto que nos distingue dos outros grupos. O Sistema Evolutivo é, em primeiro lugar, a capacidade que temos, individualmente, de ir buscar estas origens geradoras de energia - as Estrelas - e todas as nossas condições iniciáticas. Em segundo lugar, é o caminho que temos que percorrer para a nossa individualidade, a capacidade que temos para penetrar dentro de nós. Em terceiro lugar, é a capacidade que temos de lutar, equilibrar e gastar o menos possível de energia com o nosso carma.
Para isso, o Evangelho nos ensina uma série de meios, principalmente se aprendermos, realmente, a manipular as idéias do perdão, da tolerância e da humildade, para que tenhamos mais tempo para a nossa missão. Cabe aqui ressaltar ainda aqueles que caem no erro de criar novos carmas.
Mestres: todos recebemos os distintivos e a Estrelas, daquilo a que temos direito, de acordo com nossa origem. Mas, nem todos corresponderam a estas coisas que receberam. A partir da consagração, o mestre tem que caminhar para chegar ao seu gabarito. Você pode vir a ser um grande mestre esta Corrente, porque você tem todas as possibilidades, tem todos os gabaritos. Mas você só conseguirá isso dependendo do seu livre arbítrio, da sua contagem e da sua aplicação. Tia Neiva lhe dá o direito de ser, mas você terá que se tornar. Não se confundam e nem se choquem pelo fato de, às vezes, não serem chamados para determinados trabalhos, porque os chamamentos se fazem sob o julgamento da clarividência. Salve Deus!