Mãe |
O sol ainda brilhava no poente e, no Céu, duas aves trançavam em espirais imensas, sempre longe uma da outra. Pensei: deve ser um casal... Porém, sua realização não consiste tão somente na distancia, e sim, na confiança de uma na outra. Calma, continuei a minha viagem. Agora, guiava o meu carro, sentindo imensas saudades e uma segurança que ate então nunca sentira.
O que me faltava? Asas? Liberdade? Não! Tinha tudo. E Eu velava as lágrimas inoportunas. Não! O pranto vai atrapalhar este enigma que me vai n’alma- gritava Eu quando em vez. Passou-se algum tempo. Soube, então, que havia razão naquelas saudades.
Continuo vendo aves no Céu a voltear. Seriam as mesmas que vi há vinte e um anos atrás? Mas que importa? Pelo que me disseram os meus olhos de Clarividente, vi que a questão não é tão somente estar juntos, mas, como aquelas aves, estar em Sintonia.
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