Aqui estão as normas para o cumprimento do Ritual da Bênção do Pai Seta Branca, que sempre será realizada no primeiro domingo de cada mês, no Templo do Vale do Amanhecer.
É um trabalho diferente do que se realiza nos Templos Externos, mas somente na parte ritualística, uma vez que a presença de nosso Pai Seta Branca e todos os espíritos iluminados que compõem sua corte é altamente benéfica a todos, realizando-se grandes fenômenos pela força bendita que trazem até nós, principalmente para aqueles que participam do ritual.
Como responsáveis pela Bênção de Pai Seta Branca indico os seguintes:
Mestre José Carlos, Trino Triada Tumarã;
Mestre Lisboa, Trino Regente Amaruã.
Estes serão os dirigentes do trabalho que, de acordo com as normas do ritual, receberão as ninfas preparadas pelo Adjunto Yuricy, Mestre Edelves, para incorporação, bem como os Ajanãs que irão incorporar os Ministros dos Adjuntos.
A partir de setembro de 1984, organizarão um revezamento com os seguintes Trinos Especiais Ajouros:
Mestre Antônio de Oliveira e sua ninfa;
Mestre Luzimar e sua ninfa;
Mestre Valdeck e sua ninfa;
Mestre Chilon e sua ninfa;
Mestre Paulo Antunes e sua ninfa.
Sob sua supervisão, esses mestres devem procurar atender ao que preceitua a presente norma.
AS NINFAS ESCALADAS
As ninfas para incorporarem no dia da Bênção de Pai Seta Branca serão previamente indicadas, devendo pertencer a uma falange missionária.
A Primeira da Falange Missionária fará a apresentação da ninfa ao Adjunto Yuricy, para que inicie o desenvolvimento para o ritual.
O mínimo de sessões de desenvolvimento será de tres semanas. Todavia, isso não irá garantir sua presença no trabalho.
Cada ritual deverá ser organizado com o número ideal de 14 ninfas, e serão escaladas as que forem apresentadas pelo Adjunto Yuricy, buscando o dirigente harmonizar o número de missionárias das falanges mais numerosas com as de menor componentes.
Após receber do dirigente o dia em que participará, a ninfa deverá providenciar o mestre que irá acompanhá-la, bem como um véu vermelho, sem enfeites, com 2 metros de comprimento. No dia da Bênção, deverá usar a indumentária de sua falange missionária.
Deverá cuidar para estar pronta na hora marcada pelo dirigente, a fim de não prejudicar o início do trabalho. No máximo, às 14h30, se apresentar, pronta, no Turigano.
DIRIGENTE DO TRABALHO
No dia da Bênção do Pai Seta Branca – estabelecida para ser realizada no primeiro domingo do mês – o dirigente deverá atentar para todos os detalhes a fim de que tudo corra bem. Irá procurar, com antecedência, ter tudo preparado para iniciar o ritual após a abertura do Trabalho Oficial. Assim, verificará o vinho, a palhinha, a arrumação do Aledá com a mesa para o Pai, os bancos para as ninfas, o microfone para emissão dos mantras, etc.
O dirigente marcará um local para concentração das ninfas e outro para os Ajanãs que irão participar do ritual. Logo que as ninfas vão chegando, com seus mestres, dão seu nome e o mestre dá sua classificação, para que o cortejo se faça de acordo com a hierarquia dos mestres.
O dirigente verifica se está tudo certo, e trata de resolver problemas de última hora, tais como a ausência do mestre ou a falta da ninfa. No caso de faltar a ninfa escalada, ela poderá ser substituída por outra que esteja preparada, a critério do dirigente.
Os Ajanãs e as ninfas concentram-se para fazer uma harmonização e aguardar o início do trabalho.
Quando é dado o sinal para a abertura do Trabalho Oficial, as ninfas e seus mestres vão para as filas de preparação, na Pira, colocando-se à frente dos demais. Os Ajanãs e suas ninfas devem também fazer a preparação. Após a preparação, as ninfas e seus mestres vão para o Castelo do Silêncio, onde permanecem em harmonização, enquanto os Ajanãs e suas ninfas vão para o Castelo do Doutrinador. As componentes da corte vão se sentando em frente ao Castelo do Silêncio, aguardando as instruções do dirigente.
Terminada a leitura do Evangelho, o dirigente organiza o cortejo: as Samaritanas à frente, levam o sal e o perfume, seguidas pelas demais componentes da corte; logo após, o mestre com a Cruz do Pai, junto com a Yuricy, seguidos pelo dirigente e sua ninfa; as ninfas, com seus véus já colocados, e seus mestres; encerrando, os Ajanãs e suas ninfas. Os mestres dão a mão às suas ninfas.
Cantando Mayanty, partem do Radar e passam pela Pira. Duas Samaritanas se posicionam em frente à Lua da Pira e oferecem o sal e o perfume aos componentes que, após se anodizarem, seguem passando frente à Pira – fazem a reverência – e são servidos do vinho pela ninfa Samaritana posicionada próxima ao Sol. Após tomar o vinho, vão se posicionando na parte evangélica. Os dois primeiros pares de Ajanãs sobem ao Aledá, e os demais se colocam nos bancos à esquerda da parte evangélica.
Logo que se coloca a primeira ninfa em seu lugar, e enquanto espera que todos os componentes façam sua anodização e tomem seus lugares para que possa dar início ao trabalho, o dirigente deverá fazer uma harmonização do Templo, explicando o que é este trabalho, principalmente levando em consideração que muitos pacientes estão ali e não sabem o que significa a presença de nosso Pai. Deverá explicar que é necessária uma concentração. Quando ainda na fila, já se manifesta a força da espiritualidade ali presente. Devem procurar mentalizar seus problemas.
Tudo em ordem, é feita a primeira incorporação. Deve o dirigente ter um auxiliar no Aledá, para orientar as pessoas quando diante do Pai, e outro para controlar a interrupção da fila para permitir a mudança da ninfa. Os Ajanãs que ladeiam o Pai fazem, então, suas incorporações que, normalmente, são de Ministros.
A fila começa a passar, sendo servidos sal, perfume e vinho a todos os que passam. Os Trinos Triada e Adjuntos Arcanos têm preferência, podendo passar tão logo cheguem. Os dirigentes dos trabalhos devem se revezar, e ir passando, também com preferência, para não causar transtornos nos locais de trabalho. Os recepcionistas devem agir com bom senso, retirando da fila as pessoas muito idosas, gestantes, crianças de colo ou muito pequenas, doentes, e as fazendo passar à frente. Normalmente, indica-se a passagem intercalada – um de uma fila, outro da outra.
O revezamento deve ser feito de aproximadamente de 25 em 25 minutos. A fila é interrompida, e a ninfa que irá incorporar em seguida se apronta, com seu mestre, bem como os dois Ajanãs que irão substituir os que estão no Aledá. Todos cantam o Hino Oficial, de pé, e o mestre agradece a presença do Pai, e a ninfa desincorpora. Logo a seguir, os Ajanãs desincorporam e todos descem do Aledá, após a Yuricy ter transferido para a outra a Cruz do Pai. Os mestres que chegam tomam suas posições e o mestre faz o convite ao Pai. A ninfa incorpora, seu mestre pede a bênção, e recomeça o atendimento à fila, iniciando-se a contagem do tempo. E assim vai se desenvolvendo o trabalho, até acabar a fila. Caso haja ainda fila ao terminar o tempo de incorporação da última ninfa, recomeça, em ordem, a partir da primeira que incorporou.
Terminada a fila, organiza-se um cortejo com as missionárias. As ninfas que incorporaram e seus mestres, os Ajanãs e suas ninfas, para receberem a bênção do Pai. No Aledá ficam apenas a Yuricy, o dirigente e sua ninfa, ladeando o par cuja ninfa, escolhida pelo dirigente, irá dar a bênção do Pai àqueles que colaboraram com o trabalho. Todos passam e vão recompondo o cortejo. Após a desincorporação, o cortejo se completa, tal como iniciou o trabalho, e sai da parte evangélica, passando pelo Pai e saindo pelo Turigano. Está encerrado o ritual.
As missionárias devem, sempre que possível, ficar até o término do ritual. É muito importante que prestigiem a presença de nosso Pai, emitindo mantras e ajudando no que for necessário para que tudo transcorra em paz e harmonia. A que não puder ficar, pode sair, passando pelo Pai para receber sua palhinha.
A palhinha sempre será entregue pelo Pai, que a receberá da Yuricy. Essa missão é privativa da Yuricy, assim como é responsabilidade das Samaritanas o serviço de sal, perfume e vinho.
A ninfa que irá incorporar o Pai, já no Aledá, recebe a a Cruz do Pai, que será retirada quando desincorporar, sendo passada a outra Yuricy. Os Ajanãs deverão usar o suriê, e também deverão usá-lo os mestres das ninfas que irão incorporar.
O Trino ou o Adjunto que quiser fazer convite para incorporação de seu Ministro, deverá dirigir-se ao dirigente, para evitar confusões.
A ninfa que incorporar o Pai poderá sair da parte evangélica, mas não poderá retirar o véu. Caso não possa esperar pelo final do ritual, poderá ir embora, avisando ao dirigente.
A missionária que estiver na corte poderá sair ou tomar parte em outro trabalho e, depois, voltar.
As Dharman Oxinto são responsáveis pela realização dos Abatás no dia da Bênção de Pai Seta Branca. Deles deverão participar componentes de outras três falanges missionárias que tenham feito a corte no interior do Templo, com, pelo menos, duas voltas; e as Dharman Oxinto serão, no mínimo, duas - uma para comandar e outra para participar com o Canto das Dharman Oxinto, uma vez que a Comandante emitirá o canto próprio do Abatá. Isso se faz necessário porque as ninfas deverão conduzir as forças das Legiões chegadas com a Corte de Pai Seta Branca, que se somam às forças normalmente atuantes nos Abatás de outros dias.
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