Sem dúvidas, a que mais heranças nos
legou foi a dos Katshimoshy, cuja história Tia Neiva nos deixou na obra
“A Volta dos Ciganos (e o Efeito das Reencarnações)”, onde relata a
divisão da tribo cigana, devido à morte do rei, entre os dois irmãos
rivais, na Rússia. Um grupo ficou no acampamento original, obedecendo a
um novo rei, e o outro, que era composto, inclusive, por Tia Neiva e Mãe
Calaça, para evitar derramamento de sangue, foi em busca de outro local
nas estepes russas. Mas este grupo foi quase que totalmente dizimado
por um ataque de lobos ferozes. Mãe Calaça foi morta, mas manteve sua
proteção junto a Andaluza, jovem e bela cigana, companheira do rei, com
quem teve um filho, Yatan.
Dessa tribo Katshimoshy nos chegaram,
além dos ciganos que trabalham como Pretos Velhos, os talismãs,
protetores magnéticos de grande eficácia, e uma prece matutina que, para
ser melhor aproveitada, deve ser feita ao ar livre, nas primeiras horas
da manhã: (do Acervo Tumarã)
PRECE CIGANA KATSHIMOSHY
SENHOR! EU TE AGRADEÇO PELA VIDA E POR ESTA NOVA MANHÃ!...
AJUDA-ME A ENCONTRAR AS PESSOAS QUE DEVO,
A OUVIR AQUELAS COM QUEM QUERES QUE ME COMUNIQUE...
MOSTRA-ME COMO AJUDÁ-LAS OU COMO RECEBER ALGUMA COISA QUE TENHAM A DAR...
AJUDA-ME A SER UM AUXÍLIO, UMA BÊNÇÃO AOS MEUS!
A ORDEM DIVINA TOME CONTA DE MINHA VIDA HOJE E TODOS OS DIAS!
HOJE É UM NOVO E MARAVILHOSO DIA, E NUNCA HAVERÁ UM DIA COMO ESTE...
A MINHA VIDA É COMANDADA DE FORMA DIVINA E TUDO QUE EU FIZER IRÁ PROSPERAR...
O AMOR DIVINO ME CERCA, ME ENVOLVE E ME PROTEGE, E EU CAMINHO EM PAZ!
SEMPRE QUE MINHA ATENÇÃO FOR DESVIADA DO QUE É BOM E PRODUTIVO,
EU A TRAREI DE VOLTA PARA A CONTEMPLAÇÃO DO QUE É ADMIRÁVEL E DE BOA FAMA!
SOU UM IMÃ MENTAL E ESPIRITUAL, ATRAINDO TODAS AS COISAS QUE ME FAZEM PROSPERAR...
HOJE EU VOU ALCANÇAR UM ENORME SUCESSO EM TODAS AS MINHAS TAREFAS...
HOJE EU VOU SER FELIZ O DIA TODO! SALVE DEUS!
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“9 de junho de 1960 - data inesquecível!
Caminhava guiada pela grande convicção
de que tudo, vindo de meu Pai Seta Branca, estava certo. Com as
aspirações mais secretas, indefinida, eu caminhava naquela minha
solidão, hoje também distante.
Sim, caminhava e, para mim, cada dia e cada noite embrenhavam no mais profundo mistério.
9 de junho de 1960... Solidão... Tristeza...
Caminhava, quando deparei comigo mesmo.
Com profundo desamor, não me preocupei de estar onde estava ou com o que
poderia acontecer com o meu corpo, onde estava.
Levantei os olhos. Vi, senti que estava
na Terra! Aquelas árvores frondosas me davam medo. Senti estar
atravessando um caudaloso rio.
Deparei com uma pequena clareira que,
não sei porquê, me parecia familiar. Comecei a ouvir vozes e vi, num
quase balé, dançando uma linda mulher, vestida de cigana, onde também
haviam homens ciganos, vestidos com muito bom gosto, alguns tocando
violino.
Uma voz, em harmonia, chegou aos meus
ouvidos, como que querendo me amparar: “É uma tenda cigana, é a tua
origem e a de todo o teu povo!...”
Comecei, então, a raciocinar, o que até
então não fizera. Por que tanta solidão? Por que tanto mistério? De que
me servirá todo este conhecimento? Não obtive resposta.
E, alheias aos meus sentimentos, aquelas
lindas pessoas cantavam e dançavam em sua alegria singular. Comecei a
pensar, pensar sem qualquer afirmação, esses pensamentos que a gente
pensa sem saber porquê!
Eles se amavam - eu via a ternura entre eles. Casais, juntinhos, se acariciavam porém sem um toque de sensualidade.
O meu coração se enchia de ternura, algo que até então eu não sentira.
A volta foi mais leve, porque comecei a sentir inveja daquela gente!”
(Tia Neiva, 6.8.79)
Que linda história gostaria receber mais informações sobre o povo cigano pois sou do vale do amanhecer em Uberaba gostaria de homenagear esse povo se puder passar mais informações sobre a forma de rituais agradeço
ResponderExcluirAdoro o som do violino e acredito ser de uma encarnação cigano em que Vivi que quando me meu coração se enche de alegria
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